Preparo de água
fluídica no lar: coloca-se em uma ou mais vasilhas,
a quantidade de água
que se deseja
fluidificar, fazendo-se em seguida, uma
ou mais
pessoas, irradiações
ao Astral Superior
e ao Grande Foco,
por cerca
de dois minutos.
(...)
Esta água não
deve ser fervida nem
exposta à luz
solar.
Ela é
preventiva e beneficiadora, podendo ser tomada sem restrição alguma. Pelo fato de conter fluidos lançados pelo Astral Superior,
alivia ou neutraliza certos males, por meio desses
fluidos (do livro Prática do RacionalismoCristão).
O
uso da água fluidificada vem sendo recomendado pelo Racionalismo Cristão
há muitos anos.
Ela é, até
mesmo, rotineiramente
preparada nas Casas Racionalistas após as Reuniões
de Desdobramento.
Observa-se,
porém, até
mesmo entre
vários membros
da comunidade racionalista cristã, um certo ceticismo sobre o poder terapêutico e
preventivo dessa água. No entanto, esse fato tem sido constantemente
enfatizado tanto em
comunicações dadas pelo
Astral Superior,
como também,
tem sido citado em vários
livros racionalistas (1,2).
Recentemente, dois Espíritos Superiores que,
em vida
física foram médicos,
abordaram esse assunto
em suas
Comunicações. Ambos
são Presidentes
Astrais de Filiados do Racionalismo Cristão:
Pedro Luiz Osório, do Filiado de Porto Alegre e, Augusto
Gomes da Silva, do Filiado de Campinas. Este último, em uma comunicação
dada em
abril do presente
ano, afirma que:
A água fluidificada é um remédio importante para o corpo que está doente. Um dia a medicina ainda irá estudar e demonstrar o valor benéfico da água
fluidificada. Isso chegará a seu tempo - tudo chega no tempo certo. E,
nesse dia, a humanidade
verá que, ao invés
de se gastar uma fortuna
com medicamentos
devastadores, será muito
melhor tomar
simplesmente um
copo de água
fluidificada.
Muito
provavelmente, o principal fator
que gera ceticismo
sobre as propriedades
terapêuticas da água
fluidificada, seja a falta de um embasamento científico que
justifique tal poder.
Mas, essa demonstração
científica pode não
estar tão longe assim de acontecer. Assim, pesquisas científicas recentes
têm revelado propriedades surpreendentes para a própria água pura, que
poderiam até ajudar
a explicar os efeitos
da água fluidificada.
Ao
estabelecermos contato, através das irradiações,
com o Astral
Superior, é formado um
campo magnético
propício que
induz vibrações e emissão
de fluidos espiritualizadores (3). Portanto, poderíamos dizer que, a água
fluidificada é uma água magnetizada que contém fluidos
lançados pelo Astral
Superior.
No
entanto, se uma devida
interpretação científica
fosse dada à descrição
que é feita sobre essa água
nos livros
editados pela Filosofia Espiritualistas Racionalista Cristã (1,2), poderíamos citar ainda outras características
químicas e farmacológicas importantes da água
fluidificada E, verificarmos que, essas propriedades a fazem diferir,
radicalmente, da água
pura.
Assim
vejamos:
Quimicamente,
ela é termolábil, pois
não pode ser
fervida e é, também, sensível a radiações
solares, pois
não pode ser exposta ao Sol.
Analisando-se
agora a água
fluidificada, pela ótica
farmacológica, poderíamos dizer
que essa água
parece conter um
ou mais
princípios ativos
que são
termolábeis e sensíveis às radiações emitidas pelo Sol.
A
ação terapêutica
da água fluidificada parece ser inespecífica, pois não encontramos referências
em nenhuma obra
racionalista de órgãos e/ou tecidos-alvo sobre
o qual essa água
pudesse estar agindo. Esse
fato sugere, muito
fortemente, que
água fluidificada agiria aumentando o poder de reação do nosso organismo
contra diferentes
agentes lesivos.
Como a
defesa do nosso
organismo é exercida basicamente pelo sistema
imunológico, parece ser ele
um forte
candidato para
ser o local onde essa água
agiria.
Logicamente,
lançando-se mão de técnicas
modernas e sofisticadas, muitas outras propriedades
físico-químicas da água
fluidificada poderiam ainda ser descobertas.
A
caracterização química
de princípios ativos
é difícil e dispendiosa.
Por isso,
ela é geralmente
precedida por uma análise
farmacológica, visando a verificar
os efeitos do princípio
ativo que
se quer estudar
em animais
de laboratório.
No
presente caso,
um protocolo
simples poderia
ser facilmente executado. Assim,
seriam organizados dois grupos
de ratos, por
exemplo. Esses
animais seriam mantidos em gaiolas individuais, em
ambiente de luz
e temperatura controladas. Além disso, todos
eles seriam alimentados com a mesma ração padrão. O
primeiro grupo
(Experimental) receberia para beber
somente água
fluidificada, enquanto o segundo grupo (Controle), beberia da mesma
fonte de água,
porém sem
ser fluidificada. Depois
de um determinado
período de tempo
(digamos, 30 dias), o sangue desses animais
seria analisado e várias dosagens
poderiam ser feitas
com o objetivo
de verificar quais
seriam os órgãos e os tecidos-alvo das
alterações produzidas pela ingestão da água fluidificada.
Estudos sobre a água são considerados atualmente
uma linha de pesquisa
muito importante.
Durante uma visita
ao Brasil no início desse ano, o inglês Peter Atkins,
autoridade mundial em
físico-química e professor
da Universidade de Oxford, quando interrogado sobre
quais os campos
de pesquisa mais
promissores atualmente,
foi enfático ao afirmar que
um desses campos
eram os estudos sobre
a água.
Essa
é uma linha de pesquisa
que tem gerado algumas das mais insólitas descobertas
científicas dos últimos anos.
Químicos
e físicos estão esbarrando em fenômenos estranhos, como
plantas que
crescem mais e com
maior rapidez
quando suas
sementes são
regadas com água
magnetizada. Ou, constatando que, pequenas
mudanças na estrutura da água podem fazê-la absorver
mais ou
menos radiação (4).
Embora
essa visão ainda
seja polêmica e se restrinja a alguns pesquisadores,
o essencial é que
essas novidades podem ser
a porta de entrada
para avanços científicos importantes.
Esses
relatos, por exemplo,
têm levado muitos
cientistas a fazer
novos estudos
experimentais sobre a homeopatia,
cujas idéias foram defendidas pelo alemão Samuel Hahnemann
(1755-1843) há centenas de anos.
A
conduta preconizada pela
homeopatia visando a tratar
pacientes com
soluções de princípios
ativos (“remédios”)
extremamente diluídas, sempre foi ridicularizada pelos
cientistas. Em
alguns casos,
essas diluições são
tão grandes
que se torna
impossível estar
presente nessa água
até mesmo
uma molécula desse princípio
ativo. Os críticos
alegavam, então, que
os remédios homeopáticos
eram água pura
e funcionavam somente como
um placebo.
Para explicar tal fato, Hahnemann afirmava que
a água era
capaz de guardar
a memória daquilo que
havia solubilizado. Ele criou, então, a expressão
“Memória da água”.
Recentemente, um trabalho experimental feito pelo químico suíço Louis Rey (Physica A, no prelo) mostrou, através
da termoluminescência, que os remédios homeopáticos
poderiam ser diferentes
da água pura,
uma polêmica que
se arrastava há séculos. Esse artigo
ganhou tanto destaque
na literatura, que
foi citado até na prestigiosa
revista britânica
“New Scientist” (5).
Foi, também,
aplaudido pelos homeopatas
de todo o mundo,
pois ele poderia dar uma explicação natural
para a chamada
“memória da água”.
Além
disso, em trabalhos
recentes, vários
autores (6,7) têm mostrado que a diluição sucessiva de certas
substâncias em
água aumenta
o tamanho dessas substâncias,
pois elas
formariam agregados.
Embora a formação
desses agregados, também
chamados “super-moléculas”, ainda não tenha sido explicada, já
foi aventada a hipótese de que isso
decorra da interação da substância
com a própria
molécula da água. Cogita-se até, que
poderiam ser essas super-moléculas as responsáveis pelos
efeitos terapêuticos
dos remédios homeopáticos
(7).
A
possibilidade de existir uma segunda
estrutura para
a água está também
sendo defendida por alguns
pesquisadores (4,6,7). Nessa segunda estrutura,
as próprias moléculas de água seriam capazes
de se unir entre
si através
dos seus átomos
de hidrogênio formando agregados (ou clusters,
em inglês).
Fazer pesquisa é uma atividade
que requer grandes
verbas. Por
isso, ela
é geralmente feita
nas Universidades e nos
Institutos de Pesquisa.
Nesse caso, o pesquisador
pode pleitear uma verba
a várias agências de Fomento de Pesquisa
para financiar a execução do seu
Projeto.
Além
de possuir um
bom currículo
e de saber redigir bem um Projeto, dois fatos importantes
podem ajudar, atualmente,
um pesquisador
interessado nesse assunto a obter a tão sonhada verba para o suporte financeiro
do seu estudo
experimental:
1 - importância atual dos estudos
sobre a água;
2 - interesse
mundial crescente em avaliar cientificamente fatos relacionados com
espiritualismo. Recentemente, foi
criada até uma divisão especializada nesse assunto no Instituto de Saúde
Americano (NIH – National Institute of Health) para julgar o mérito do Projeto
e, se ele existir, liberar verbas específicas para financiá-lo.
Sabe-se
que a descoberta
de fatos novos
costuma gerar muita
polêmica e desconfiança nas comunidades científicas. Esse
foi o caso que
Beneviste (8), um famoso
imunologista francês, enfrentou quando publicou em
1988 um trabalho
na revista “Nature” mostrando evidências da memória
da água.
O autor
foi então acusado, em
um outro
artigo da própria
revista, de estar
fazendo pseudo-ciência. Disso resultou o cancelamento
das verbas que
Beneviste tinha para
financiar suas
pesquisas, uma verdadeira catástrofe
para qualquer
pesquisador. Finalmente,
em 2001, a reputação
de Beneviste foi novamente reconhecida pelo seus pares, e seu artigo polêmico considerado como
tendo sido feito com
o necessário rigor científico.
Mas, mesmo correndo tal
risco um
cientista deve lutar
sempre pela
verdade das suas
descobertas, por
mais estranhas que
elas possam parecer.
É assim que
a verdade surge e a ciência
evolui.
E,
é uma luta desse tipo
que, possivelmente, o cientista que um dia se
decida a estudar o mecanismo
de ação da água
fluidificada terá que enfrentar.
Mas, com
toda certeza,
isso valerá a pena.
Bibliografia
[1]
Preparo da água
fluidificada no lar. In: Prática
do Racionalismo Cristão,
p. 52 (1989).
[2]
Água fluídica. In: Comunicações
e Cartas Doutrinárias: O Espiritismo Racional
e Científico Cristão
através de 1933, pp. 100-101 (1934).
[3]
Luiz de Souza- Irradiações. In: A Felicidade Existe, pp. 311-319 (1963).
[4]
Pablo Nogueira. Os Mistérios
da Água, Revista
Galileu, Agosto
de 2003, pp]. 73-77.
[5]
Lionel Milgrom. Icy claim that water has memory. New Scientist, 11 June 2003.
[6]
M. F. Chaplin. Fibre and water binding. Proceedings of the Nutrition Society
62, pp. 223-227 (2003).
. [7]
Andy Coghlany. Bizarre chemical discovery gives homeopathic hint. New
Scientist, 7 November 2001.
[8]
E. Davenas, F. Beauvais, J. Arnara, M. Oberbaum, B. Robinzon, A. Miadonna, B.
Tedeschi, P. Pomeranz, P. Fortner, P. Selon, J. Sainte-Laudy, B. Poitevin &
J. Beneviste (1988) Human basophil degranulation triggered by very dilute
antiserum against IgE. Nature, 333 (6176), pp. 816-818 (1988).
A água fluidificada e seus segredos
Fonte:
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